sábado, 26 de junho de 2010

Brasil e o Mercosul


 BRASIL E O MERCOSUL.


  • Este artigo constitui um exercício de análise prospectiva sobre o itinerário futuro do MERCOSUL, com base numa discussão não exaustiva dos principais problemas que se colocam para sua evolução política e econômica, tanto do ponto de vista interno como externo. A despeito de um enfoque o mais possível "desnacionalizado" e tendencialmente "objetivo", o autor considera inevitável que uma perspectiva propriamente brasileira insinue-se no decorrer do ensaio, o que deve ser honestamente assumido como decorrência natural do estudo desses problemas a partir da realidade brasileira, assim como, compreensivelmente, do exame de outras análises conduzidas em sua maior parte em seu país de origem. O mesmo ocorreria, mutatis mutandis, no caso de uma discussão efetuada a partir da Argentina, por uma analista que operasse sua própria seleção de problemas e oferecesse uma visão de futuro com base na "percepção" dos temas "prioritários" do processo de integração tal como visto no âmbito de sua própria "economia política" doméstica.
  • Independentemente, porém, da margem do Prata a partir da qual o analista instale sua luneta de observador, parece claro que qualquer exercício de "futurologia" em torno do MERCOSUL deve, antes de mais nada, delimitar as opções econômicas e comerciais em jogo e as propostas políticas disponíveis em termos de organização institucional, do ponto de vista de seu desenvolvimento interno. Caberia considerar, em seguida, os elementos do relacionamento externo do esquema integracionista, notadamente no que se refere ao processo hemisférico e à continuidade do processo de aproximação com a União Européia, para poder projetar, finalmente, os cenários possíveis ou prováveis da evolução futura do MERCOSUL. Do ponto de vista deste observador, mas respeitando-se igualmente o caráter "objetivo" dos números relativos e das "relações de força" em jogo, parece evidente, em qualquer hipótese, que o itinerário de médio e longo prazo do MERCOSUL dependerá, em grande medida, das escolhas que faça seu mais importante protagonista, a saber, o Brasil. A propósito, uma análise operada a partir da outra margem do Prata poderia observar que, sem a colaboração e a cooperação ativas de seus demais sócios no empreendimento, o Brasil não poderia levar o MERCOSUL a nenhum destino diverso daquele a ser decidido de comum acordo, uma vez que os atuais mecanismos decisórios podem, de fato, obstar a qualquer itinerário estabelecido unilateralmente. Não obstante essa realidade, do ponto de vista de suas possibilidades efetivas e potenciais de desenvolvimento, não se poderia recusar o fato de que o Brasil detém, de fato, a chave estratégica do itinerário político e econômico do MERCOSUL no século XXI, mesmo considerando-se que esse país não ostenta, objetivamente, nenhum comportamento econômico "imperial" e que ele se tenha despido de qualquer veleidade política unilateralista ao engajar-se decisivamente no projeto integracionista com a Argentina a partir de meados dos anos 80.
  • Adotando-se uma espécie de "futurologia do bom senso", caberia examinar, assim, as opções extremas que se oferecem ao MERCOSUL para tentar delimitar, mais adiante, as propostas razoáveis abertas a seu desenvolvimento político e institucional. Deve-se advertir que, de um ponto de vista metodológico, tais "opções" e "propostas" não são consideradas como o resultado de simples medidas tópicas de administração da união aduaneira em formação adotadas pelos dirigentes e "executivos" do MERCOSUL, mas como possíveis vias de evolução futura, a partir de tendências imanentes e de forças "estruturais" determinadas a partir do próprio processo de integração, em suas "linhas profundas" de desenvolvimento. (1)
  • Sem inclinar-se para qualquer tipo de análise conjuntural, pode-se no entanto reconhecer que, no curto prazo, o MERCOSUL não parece politicamente ameaçado por alguma catástrofe política irreversível, nem por algum conflito econômico de grandes proporções, a não ser por suas próprias escaramuças "verbais" e comerciais, de pouca magnitude intrínseca, aliás. No que se refere às primeiras, elas parecem derivar do confronto de uma retórica ideologicamente livre-cambista para consumo externo e de algumas práticas internas, abertas ou veladas, de protecionismo explícito ou implícito, para contentar ou apaziguar setores específicos da economia "doméstica" ameaçados de deslocamento pelo ritmo da integração. A necessidade de proteção dos empregos nacionais nos setores sob risco é, evidentemente, uma mola propulsora dessas contradições entre o programa doutrinário da integração ­ ao qual todos aderem sem restrições ­ e o pragmatismo mais discreto da proteção (justificada a título de "exceções").
  • Quanto às disputas comerciais por acesso recíproco aos mercados dos países membros e as acusações mútuas de "comércio desleal" entre parceiros ­ a começar pela própria magnitude da TEC ou pela "legitimidade" de algumas barreiras não-tarifárias, remanescentes ou "construídas" durante ou após o período de transição ­, elas são inevitáveis, na medida em que correspondem a uma situação de abertura progressiva num contexto de indefinição de normas estritas de competição e de ausência parcial ou total da "harmonização das políticas macroeconômicas", objeto, como se sabe, do Artigo 1º do Tratado de Assunção. Ao não ter sido realizada essa harmonização, torna-se evidente o potencial de desentendimentos entre os membros nos mais diversos campos: níveis da TEC, exceções aceitáveis, ritmo da convergência, barreiras ao intercâmbio, normas industriais e regulamentos técnicos, padrões e formas de proteção à propriedade intelectual, medidas de defesa comercial, regras aplicadas aos setores ditos "sensíveis", enfim, questões próprias a toda e qualquer união aduaneira em formação. O contexto fin-de-siècle de crise financeira internacional ou as preocupações no Brasil e na Argentina com o desequilíbrio das transações correntes não ajudam, por certo, no desmantelamento de alguns dos obstáculos nacionais erigidos no caminho da consolidação dessa união aduaneira, mas os elementos centrais desta análise devem ser as "tendências pesadas" do processo de integração, não seus elementos passageiros.
  • Quais seriam, nesse sentido, as alternativas dicotômicas colocadas como promessa ou como ameaça no futuro do MERCOSUL? Eles parecem conformar duas perspetivas bem definidas, ainda que aparentemente pouco factíveis, de desenvolvimento político-institucional. Por um lado, na vertente "otimista", a realização plena do projeto integracionista original, ou seja, um mercado comum caracterizado pela "livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos", consoante os objetivos do Artigo 1° do Tratado de Assunção, ainda não realizados, diga-se de passagem. Por outro lado, no extremo "pessimista", a diluição do MERCOSUL numa vasta zona de livre-comércio hemisférica, do tipo da ALCA, de conformidade com o programa traçado em Miami em dezembro de 1994 e confirmado em Santiago em abril de 1998.
  • Antes de discutir se tais opções extremas seriam factíveis, realizáveis no curto ou médio prazo ou mesmo credíveis no atual contexto político-diplomático e econômico da região, vejamos o que significaria o desenvolvimento de uma estratégia intermediária de menor custo político e econômico para o Mercosul, que seria representada por uma zona de livre-comércio geograficamente menos ambiciosa, como a proposta Área de Livre-Comércio Sul-Americana (ALCSA). Esse espaço de liberalização comercial de âmbito exclusivamente sul-americano não tinha recebido, até os mais recentes progressos da ALCA, a continuidade esperada pelos seus proponentes originais e parecia até há pouco colocado numa espécie de limbo político pelos negociadores da integração. Para registro histórico, lembre-se que esse projeto tinha sido apresentado no Governo Itamar Franco como "Iniciativa Amazônica" pelo então chanceler Fernando Henrique Cardoso, depois ampliado em escala continental pelo Chanceler Celso Amorim. Nas duas modalidades, se previa a negociação, diretamente pelo MERCOSUL e sua ulterior protocolização pela ALADI, de amplos acordos de liberalização comercial e de complementação econômica entre os países do MERCOSUL e os demais países do continente. Tal como apresentado pelo Brasil, ele não despertou entusiasmo nos demais parceiros do MERCOSUL, na medida em que reduzia o impacto do acesso preferencial ao mercado brasileiro por parte desses países e introduzia um difícil processo de negociações "triangulares" que tinha de levar em conta não apenas o chamado "patrimônio histórico" da ALADI, mas ainda acordos de alcance parcial que os países do MERCOSUL e seus associados pudessem manter individualmente com outros países latino-americanos membros de outros esquemas integracionistas (caso do México e do NAFTA). 
http://pralmeida.tripod.com/academia/05materiais/667msul.html

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Multinacionais

Multinacionais, também conhecidas como transnacionais, são empresas que possuem matriz num país e possuem atuação em diversos países. São grandes empresas que instalam filiais em outros países em busca de mercado consumidor, energia, matéria-prima e mão-de-obra baratas.



No Brasil, a entrada de empresas multinacionais começou a ganhar importância durante o governo de Juscelino Kubitschek, quando o país procurou atrair montadoras de veículos estrangeiras. Neste governo, instalaram-se no Brasil as empresas Ford, Volkswagen, Willys, GM, entre outras.




Endereço:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multinacional

domingo, 20 de junho de 2010

Mutinacionais

  • O AVANÇO DAS MULTINACIONAIS BRASILEIRAS

    Companhias investem na internacionalização com novas unidades e divulgação de suas marcas no exteri


  • Por trás do fenômeno amplamente divulgado da escalada das exportações brasileiras nos últimos anos, das aquisições e fusões milionárias e da expansão da “Marca Brasil” pelo mundo, está uma gama de empresas brasileiras que internacionalizam cada vez mais seus negócios e encabeçam a lista dos maiores exportadores no país. As companhias hoje na ponta do comércio brasileiro com o exterior são a primeira geração de multinacionais brasileiras, companhias que hoje já adotam uma postura agressiva na conquista de mercado no exterior, brigam por espaço nas vitrines, constroem unidades de produção e já contam, muitas vezes, com a maior parte de suas receitas provenientes de fora.
  • O esforço dessas companhias vem sendo acompanhado com lupa por investidores do mundo inteiro, de olho nas boas possibilidades de ganho para os próximos anos. Num estudo com as 100 empresas de mercados emergentes que merecem atenção, divulgado pela consultoria americana Boston Consulting Group, há 12 companhias brasileiras listadas: Braskem, Coteminas, Embraco, Embraer, Gerdau, Natura, Perdigão, Petrobrás, Sadia, Vale do Rio Doce, Votorantim e Weg. São nomes que já integram as listas de preocupações dos boards de concorrentes européias e americanas. Elas entraram no estudo em função de uma série de características positivas ligadas à qualidade dos produtos que fabricam, as técnicas de gestão, a inovação embutida nos processos e as curvas de crescimento acima da média de mercado.
  • AS MULTIS BRASILEIRAS
    O Boston Consulting Group realizou um estudo para identificar as principais companhias emergentes no mercado mundial. Entre as 100 empresas apontas pelo estudo, 12 são brasileiras.
    EMPRESA SETOR DE ATUAÇÃO
    Braskem Químicos
    Companhia Vale do Rio Doce Mineração
    Coteminas Têxtil
    Embraco Máquinas e equipamentos
    Embraer Indústria aeronáutica
    Gerdau Siderurgia e metalurgia
    Natura Produtos de perfumaria
    Perdigão Agroindústria e alimentos
    Sadia Agroindústria e alimentos
    Votorantim Cimento/Mineração/Papel e celulose
    WEG Máquinas e equipamentos
  • Atrás de muito mais do que a sua fatia dos 120 bilhões exportados, muitas das companhias citadas estão hoje entre as líderes mundiais de seus segmentos, e, com freqüência, compete em pé de igualdade com os experientes europeus e os poderosos americanos – em alguns casos, até suplantando-os - num mundo que hoje é dirigido pelas demandas de gigantes mercados emergentes como China, Índia e o próprio Brasil. Para ultrapassar a barreira da simples exportação direta e dar o próximo passo, as companhias brasileiras primeiro tiveram de se tornar competitivas no mercado interno – por vezes hostil - e lidar com margens apertadas, vendendo produtos e serviços a baixos custos.
  • A expertise mercadológica adquirida após a abertura econômica no Brasil e pesados investimentos em tecnologia, marca e prospecção internacional nas décadas de 80 e 90 possibilitaram a essas companhias hoje ocupar posições de destaque em mercados aparentemente distantes e de difícil acesso. É o caso da Sadia, uma das líderes no mercado de alimentos processados de aves na Arábia Saudita com 15% de participação no mercado local e que destina cerca de 25% de suas exportações para o mundo árabe. Com metade da sua receita no exterior, a empresa pretende agora construir sua primeira unidade fora do Brasil para atender o mercado russo. A Embraer é hoje a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo e a primeira no segmento de jatos regionais. Após ultrapassar sua principal concorrente, a canadense Bombardier, a companhia brasileira agora começa a incomodar as gigantes Boeing e Airbus com novos jatos para até 118 passageiros.
  • ROBERTO NEVES, gerente de mercado internacional
    do Boticário. A empresa, que vende para mais de 20
    países, é uma das brasileiras que mais crescem no
    exterior
  • Embora as atenções dos investidores se voltem preferencialmente para as empresas citadas na relação do Boston Consulting Group, outras empresas nacionais merecem o mesmo destaque. Tome-se o caso da Sabó, que iniciou seu processo de internacionalização ainda na década de 70, quando a proteção do mercado não permitia a realização de importações para o Brasil. “Para realizar testes no Brasil muitas vezes nossos executivos que viajavam ao exterior traziam latas de óleo na mala”, afirma Luiz Freitas, gerente de marketing da Sabó. A empresa começou fornecendo peças para a Opel (operação da General Motors na Europa) e no meio da década de 80 já tinha como clientes Volkswagen e a Rubens, a GM da Austrália. As aquisições internacionais começaram com duas fábricas na Argentina, e em 1992, a Sabó deu um salto ao comprar a tradicional marca alemã de autopeças Kaco e quatro unidades de produção européias.
  • Ao gerenciar a produção, logística e marcas em diferentes países, essas empresas passam a um estágio muito mais complexo do que a simples exportação direta do Brasil. A gama de fornecedores e o tamanho dos projetos aumenta, assim como toda a estrutura financeira e mercadológica precisa ser adaptada. A Sabó atualmente não vende mais autopeças. Vende soluções completas e fornece montadoras com tecnologias desenvolvidas e produtos produzidos em diferentes países. A empresa tem 65% do seu faturamento fora do país e cerca de 25% da sua força de trabalho alocada nas unidades européias e argentinas.
  • A aquisição e estabelecimento de parcerias com companhias estrangeiras é um dos meios mais rápidos e eficientes de se estabelecer no mercado externo. A brasileira WEG aplica, desde 1996, a estratégia de adquirir fábricas de pequeno porte e depois consolidar as operações expandindo as unidades. Hoje, a companhia tem seis unidades fora do Brasil, incluindo uma na China, e finalizou a ampliação de sua unidade mexicana em meados de 2005.
  • Entre as outras empresas brasileiras que internacionalizaram com sucesso seus negócios está a Camargo Corrêa Cimentos, que detém hoje 46% do mercado argentino com a compra da Loma Negra em 2005. Grandes grupos nacionais como Gerdau, Votorantim, Usiminas, Odebrecht e Marcopolo também já mantêm operações de peso fora do país e, recentemente, fusões e parcerias transformaram a fabricante de produtos têxteis Coteminas, o frigorífico Friboi e Ambev em líderes mundiais de seus setores.


  • A ESCALADA - No jogo da globalização não existem regras definidas nem passos específicos a serem adotados por companhias que querem conquistar novos mercados. Se, por um lado, a estratégia de aquisições funciona bem no segmento de máquinas e equipamentos, outros ramos tomam rumos diversos para atingir o mercado global. A Companhia Vale do Rio Doce, por exemplo, a maior fornecedora mundial de minério de ferro, ocupa justamente essa posição porque se beneficia da riqueza do solo brasileiro. Apesar de estar presente nos cinco Continentes, a empresa nunca deixará de ter o Brasil como sua principal base de operações.
  • Após alguns projetos bem-sucedidos, os fornecedores passam a ser convidados pelos seus clientes para partirem juntos para novos mercados. “As multinacionais estrangeiras que são nossos clientes no mercado interno são também nossos potenciais clientes em outros países”, diz Alidor Lueders, diretor-administrativo e de relações com investidores da WEG. Ele afirma que desde o início das operações da companhia fora do Brasil as exportações diretas do país também cresceram aceleradamente. Hoje, cerca de 70% das vendas externas da WEG são destinadas a unidades da empresa no exterior.
  • Portanto, o status de multinacional não depende apenas de unidades produtivas no exterior ou operações massivas de exportação. O que define uma multinacional é o volume total de intercâmbio de mercadorias, conhecimento, tecnologia e pessoas entre seus diversos pontos de apoio. Tanto é assim que as companhias que encabeçam hoje a lista de exportadores brasileiros: Petrobrás, Embraer e Vale do Rio Doce, estão também entre as maiores importadoras do país. O caso da Embraer pode até parecer paradoxal, uma vez que a companhia importa ao redor de 50% dos componentes que utiliza. Em alguns segmentos industriais um índice de nacionalização de 50% pode ser considerado baixíssimo. No entanto, no caso de um mercado que demanda larga escala e conta com poucos players, a descentralização da produção de componentes é essencial para manter a competitividade. O que garante a liderança em mercado como o aeroespacial é o desenvolvimento tecnológico de soluções inteligentes.
  • Exemplos como esse também servem para desmistificar a idéia de que a mão-de-obra barata, o consumo interno crescente e interferência governamental na economia são as principais vantagens das multinacionais emergentes de países em desenvolvimento. Se nenhum país no mundo consegue bater os custos do Brasil no setor sucroalcooleiro, certamente o mérito é das usinas e dos esforços para ampliação de mercado, que vão desde a produção em escala necessária para atender às demandas como dos Estados Unidos em 2005, que tiveram sua safra de açúcar severamente prejudicada pelos furacões, até as ações para divulgar e incentivar o etanol como combustível alternativo dentro das diretrizes do protocolo do Kyoto.
  • Mas não é apenas nos segmentos básicos como álcool e minérios em que o Brasil fez sua lição de casa. O país é, por exemplo, o líder mundial na produção de compressores. A Embraco atende 20% do mercado mundial de compressores e conta com os produtos mais avançados tecnologicamente do mercado. Em 1997, a empresa — junto com sua controladora, a fabricante de eletrodomésticos Multibrás — foi adquirida pelo grupo americano Whirpool. Depois da aquisição, a empresa iniciou duas novas operações na Eslováquia e no México — e hoje conta com cinco unidades fora do país, inclusive na China, um dos seus principais concorrentes.
Thaynara.
http://www.analisecomercioexterior.com.br/comex06/multisbrasileiras/index.php

Brasil e o Mercosul.


BRASIL E O MERCOSUL
  • Este artigo constitui um exercício de análise prospectiva sobre o itinerário futuro do MERCOSUL, com base numa discussão não exaustiva dos principais problemas que se colocam para sua evolução política e econômica, tanto do ponto de vista interno como externo. A despeito de um enfoque o mais possível "desnacionalizado" e tendencialmente "objetivo", o autor considera inevitável que uma perspectiva propriamente brasileira insinue-se no decorrer do ensaio, o que deve ser honestamente assumido como decorrência natural do estudo desses problemas a partir da realidade brasileira, assim como, compreensivelmente, do exame de outras análises conduzidas em sua maior parte em seu país de origem. O mesmo ocorreria, mutatis mutandis, no caso de uma discussão efetuada a partir da Argentina, por uma analista que operasse sua própria seleção de problemas e oferecesse uma visão de futuro com base na "percepção" dos temas "prioritários" do processo de integração tal como visto no âmbito de sua própria "economia política" doméstica.
  • Independentemente, porém, da margem do Prata a partir da qual o analista instale sua luneta de observador, parece claro que qualquer exercício de "futurologia" em torno do MERCOSUL deve, antes de mais nada, delimitar as opções econômicas e comerciais em jogo e as propostas políticas disponíveis em termos de organização institucional, do ponto de vista de seu desenvolvimento interno. Caberia considerar, em seguida, os elementos do relacionamento externo do esquema integracionista, notadamente no que se refere ao processo hemisférico e à continuidade do processo de aproximação com a União Européia, para poder projetar, finalmente, os cenários possíveis ou prováveis da evolução futura do MERCOSUL. Do ponto de vista deste observador, mas respeitando-se igualmente o caráter "objetivo" dos números relativos e das "relações de força" em jogo, parece evidente, em qualquer hipótese, que o itinerário de médio e longo prazo do MERCOSUL dependerá, em grande medida, das escolhas que faça seu mais importante protagonista, a saber, o Brasil. A propósito, uma análise operada a partir da outra margem do Prata poderia observar que, sem a colaboração e a cooperação ativas de seus demais sócios no empreendimento, o Brasil não poderia levar o MERCOSUL a nenhum destino diverso daquele a ser decidido de comum acordo, uma vez que os atuais mecanismos decisórios podem, de fato, obstar a qualquer itinerário estabelecido unilateralmente. Não obstante essa realidade, do ponto de vista de suas possibilidades efetivas e potenciais de desenvolvimento, não se poderia recusar o fato de que o Brasil detém, de fato, a chave estratégica do itinerário político e econômico do MERCOSUL no século XXI, mesmo considerando-se que esse país não ostenta, objetivamente, nenhum comportamento econômico "imperial" e que ele se tenha despido de qualquer veleidade política unilateralista ao engajar-se decisivamente no projeto integracionista com a Argentina a partir de meados dos anos 80.
  • Adotando-se uma espécie de "futurologia do bom senso", caberia examinar, assim, as opções extremas que se oferecem ao MERCOSUL para tentar delimitar, mais adiante, as propostas razoáveis abertas a seu desenvolvimento político e institucional. Deve-se advertir que, de um ponto de vista metodológico, tais "opções" e "propostas" não são consideradas como o resultado de simples medidas tópicas de administração da união aduaneira em formação adotadas pelos dirigentes e "executivos" do MERCOSUL, mas como possíveis vias de evolução futura, a partir de tendências imanentes e de forças "estruturais" determinadas a partir do próprio processo de integração, em suas "linhas profundas" de desenvolvimento. (1)
  • Sem inclinar-se para qualquer tipo de análise conjuntural, pode-se no entanto reconhecer que, no curto prazo, o MERCOSUL não parece politicamente ameaçado por alguma catástrofe política irreversível, nem por algum conflito econômico de grandes proporções, a não ser por suas próprias escaramuças "verbais" e comerciais, de pouca magnitude intrínseca, aliás. No que se refere às primeiras, elas parecem derivar do confronto de uma retórica ideologicamente livre-cambista para consumo externo e de algumas práticas internas, abertas ou veladas, de protecionismo explícito ou implícito, para contentar ou apaziguar setores específicos da economia "doméstica" ameaçados de deslocamento pelo ritmo da integração. A necessidade de proteção dos empregos nacionais nos setores sob risco é, evidentemente, uma mola propulsora dessas contradições entre o programa doutrinário da integração ­ ao qual todos aderem sem restrições ­ e o pragmatismo mais discreto da proteção (justificada a título de "exceções").
  • Quanto às disputas comerciais por acesso recíproco aos mercados dos países membros e as acusações mútuas de "comércio desleal" entre parceiros ­ a começar pela própria magnitude da TEC ou pela "legitimidade" de algumas barreiras não-tarifárias, remanescentes ou "construídas" durante ou após o período de transição ­, elas são inevitáveis, na medida em que correspondem a uma situação de abertura progressiva num contexto de indefinição de normas estritas de competição e de ausência parcial ou total da "harmonização das políticas macroeconômicas", objeto, como se sabe, do Artigo 1º do Tratado de Assunção. Ao não ter sido realizada essa harmonização, torna-se evidente o potencial de desentendimentos entre os membros nos mais diversos campos: níveis da TEC, exceções aceitáveis, ritmo da convergência, barreiras ao intercâmbio, normas industriais e regulamentos técnicos, padrões e formas de proteção à propriedade intelectual, medidas de defesa comercial, regras aplicadas aos setores ditos "sensíveis", enfim, questões próprias a toda e qualquer união aduaneira em formação. O contexto fin-de-siècle de crise financeira internacional ou as preocupações no Brasil e na Argentina com o desequilíbrio das transações correntes não ajudam, por certo, no desmantelamento de alguns dos obstáculos nacionais erigidos no caminho da consolidação dessa união aduaneira, mas os elementos centrais desta análise devem ser as "tendências pesadas" do processo de integração, não seus elementos passageiros.
  • Quais seriam, nesse sentido, as alternativas dicotômicas colocadas como promessa ou como ameaça no futuro do MERCOSUL? Eles parecem conformar duas perspetivas bem definidas, ainda que aparentemente pouco factíveis, de desenvolvimento político-institucional. Por um lado, na vertente "otimista", a realização plena do projeto integracionista original, ou seja, um mercado comum caracterizado pela "livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos", consoante os objetivos do Artigo 1° do Tratado de Assunção, ainda não realizados, diga-se de passagem. Por outro lado, no extremo "pessimista", a diluição do MERCOSUL numa vasta zona de livre-comércio hemisférica, do tipo da ALCA, de conformidade com o programa traçado em Miami em dezembro de 1994 e confirmado em Santiago em abril de 1998.
  • Antes de discutir se tais opções extremas seriam factíveis, realizáveis no curto ou médio prazo ou mesmo credíveis no atual contexto político-diplomático e econômico da região, vejamos o que significaria o desenvolvimento de uma estratégia intermediária de menor custo político e econômico para o Mercosul, que seria representada por uma zona de livre-comércio geograficamente menos ambiciosa, como a proposta Área de Livre-Comércio Sul-Americana (ALCSA). Esse espaço de liberalização comercial de âmbito exclusivamente sul-americano não tinha recebido, até os mais recentes progressos da ALCA, a continuidade esperada pelos seus proponentes originais e parecia até há pouco colocado numa espécie de limbo político pelos negociadores da integração. Para registro histórico, lembre-se que esse projeto tinha sido apresentado no Governo Itamar Franco como "Iniciativa Amazônica" pelo então chanceler Fernando Henrique Cardoso, depois ampliado em escala continental pelo Chanceler Celso Amorim. Nas duas modalidades, se previa a negociação, diretamente pelo MERCOSUL e sua ulterior protocolização pela ALADI, de amplos acordos de liberalização comercial e de complementação econômica entre os países do MERCOSUL e os demais países do continente. Tal como apresentado pelo Brasil, ele não despertou entusiasmo nos demais parceiros do MERCOSUL, na medida em que reduzia o impacto do acesso preferencial ao mercado brasileiro por parte desses países e introduzia um difícil processo de negociações "triangulares" que tinha de levar em conta não apenas o chamado "patrimônio histórico" da ALADI, mas ainda acordos de alcance parcial que os países do MERCOSUL e seus associados pudessem manter individualmente com outros países latino-americanos membros de outros esquemas integracionistas (caso do México e do NAFTA).
  • A conclusão, em 16 de abril de 1998, de um acordo quadro de liberalização do comércio entre os países do MERCOSUL e a Comunidade Andina vem recolocar num novo patamar os esforços de consolidação de uma zona de livre-comércio na América do Sul. A ALCSA representa uma opção de médio escopo hemisférico, servindo para reforçar o esquema liberalizador no âmbito geográfico da América do Sul. Seu pleno desenvolvimento representa uma estratégia de grande importância na conformação de um projeto econômico próprio para a região, independentemente da vontade política do principal parceiro hemisférico. A despeito das enormes dificuldades negociais ­ inclusive internas aos quatro membros do MERCOSUL ­ em torno de concessões recíprocas e da recuperação do "patrimônio histórico" da ALADI, as duas uniões aduaneiras em consolidação pareciam dispostas a ultimar as negociações no decorrer de 1999, com vistas a implementar a área de livre-comércio bi-zonal a partir do ano 2000, mesmo se alguns produtos sejam de fato excluídos da liberalização ou recebam esquemas bastante prolongados de desgravamento tarifário.
  • Caberia observar, finalmente, em relação a essa "terceira via" da integração regional sul-americana, que ela não atende, está claro, às necessidades de investimentos e de tecnologia dos países-membros do MERCOSUL, nem tampouco a um incremento significativo de suas exportações de maior valor agregado, podendo representar, ao contrário, uma via de acesso ampliado aos mercados do Cone Sul por parte das economias setentrionais da região. Por último, nenhum esquema integracionista ampliado ao continente sul-americano pode resolver os conflitos internos próprios ao MERCOSUL, tanto os de natureza econômica como os de caráter político-institucional, nem eludir a necessidade intrínseca de se lograr, até 2005 previsivelmente, uma maior coesão interna do bloco em face dos desafios que se projetam nos planos hemisférico e multilateral.
     
     
  • Opções extremas: entre um mercado comum completo e a ALCA
  • No que se refere aos cenários extremos, comecemos agora por examinar a "hipótese" em função da qual foi elaborado o próprio projeto do MERCOSUL, ou seja, a realização do mercado comum sub-regional. A terem sido cumpridos os objetivos fixados no Artigo 1º do Tratado de Assunção, o mercado comum previsto deveria ter entrado em funcionamento no dia 1º de janeiro de 1995, o que obviamente não foi o caso. Segundo uma leitura otimista desse instrumento diplomático e do próprio processo de integração, esses objetivos serão cumpridos nesta etapa complementar, que denominamos de "segunda transição", observados os prazos fixados no regime de convergência estabelecido para os diferentes setores definidos como "sensíveis" e cumpridos os requisitos mínimos desse mercado comum. Isto significaria, entre outros efeitos, a implementação efetiva da Tarifa Externa Comum e a conformação eventual, se necessário, de exceções verdadeiramente "comuns" a essa pauta aduaneira, e não listas nacionais de exceções como hoje se contempla. Idealmente, todas as barreiras não-tarifárias e medidas de efeito equivalente deveriam ter sido suprimidas. A coordenação de políticas macroeconômicas, nessa perspectiva, supõe igualmente que os países membros deveriam ter delimitado todas as áreas cruciais de cooperação em vista da necessária abertura recíproca de seus mercados a todos os bens e serviços dos países membros, inclusive no que se refere à oferta transfronteiriça de serviços e ao mútuo reconhecimento de normas e regulamentos técnicos específicos.
  • Na ausência de progressos mais evidentes nessas áreas, se esperava que os países pudessem ter definido, pelo menos, um sistema de paridades cambiais com faixas mínimas de variação, se alguma, entre as moedas respectivas, bem como a harmonização dos aspectos mais relevantes de suas legislações nacionais relativas a acesso a mercados. Estes são os requisitos mínimos para a conformação de um amplo espaço econômico conjunto no território comum aos países do MERCOSUL, a partir do qual se poderia caminhar para a consolidação progressiva e o aprofundamento do processo de integração, em direção de fases mais avançadas do relacionamento recíproco nos campos econômico, político e social.
  • Ainda que esse cenário razoável não se concretize, como parece previsível, nos primeiros anos do próximo século, seu desdobramento faz parte da lógica interna do MERCOSUL. Em todo caso, ele resultaria num MERCOSUL muito próximo do padrão de integração apresentado pelo mercado comum europeu em finais dos anos 60, isto é, após terem os signatários originais do Tratado de Roma completado sua união aduaneira e definido uma espécie de "coexistência pacífica" entre uma pretendida vocação comunitária ­ encarnada na Comissão, mas freada pelos representantes dos países-membros nos conselhos ministeriais ­ e um monitoramento de tipo intergovernamental, consubstanciado no papel político atribuído ao COREPER, o Comitê de Representantes Permanentes, não previsto no primeiro esquema institucional. (2) Em outros termos, mesmo a mais "comunitária" das experiências integracionistas, sempre foi temperada por um necessário controle intergovernamental ou, melhor dizendo, nacional. No caso específico do MERCOSUL, as dúvidas ou obstáculos levantados em relação ao aprofundamento do processo de integração não parecem derivar de reações epidermicamente "soberanistas" ou mesquinhamente nacionalistas ­ ou até mesmo "chovinistas", como parecem acreditar alguns ­ mas de determinadas forças políticas ou de correntes de pensamento, para não falar de interesses setoriais "ameaçados", que logram "congelar" o inevitável avanço para a liberalização comercial ampliada entre os membros. Tais tendências não são necessariamente nacionalmente definidas, mas existem ao interior de cada um dos países envolvidos no processo.
  • Quanto à outra hipótese extrema, a diluição ­ ou dissolução, prefeririam alguns setores norte-americanos ­ do MERCOSUL na ALCA, ela apenas poderia resultar de uma opção consentida e desejada pelos próprios países membros, a menos que se admita uma deterioração sensível da "solidariedade mercosuliana" nos anos finais da segunda fase de transição. Considera-se aqui, como hipótese "realista" de trabalho, que a ALCA terá seguimento e conclusão exitosos, escapando à sua implosão por forças internas ­ sindicais e congressuais ­ dos Estados Unidos ou à sua própria "diluição" no caso de uma nova rodada abrangente de negociações comerciais multilaterais que signifique eventualmente sua inocuidade por efeito de incorporação de sua pauta negocial substantiva.
  • A hipótese da diluição do MERCOSUL na ALCA não pode ser excluída de todo, a julgar pelas assimetrias persistentes e por uma certa busca de "vantagens" unilaterais, como parece ser a tentativa do Paraguai de preservar os aspectos mais distorcivos de sua atual condição de "entreposto aduaneiro" da produção eletrônica de baixa qualidade que é despejada em seu território a partir de países asiáticos emergentes. Num caso ­ consolidação do MERCOSUL ­ como no outro ­ começo da implantação da ALCA ­, a data fatídica de 2005 aparece como um verdadeiro marco divisor, um "antes" e um "depois" num processo de escolhas cruciais que estarão sendo colocadas para os países do MERCOSUL nos primeiros anos do século XXI. Os estadistas do Brasil e da Argentina, em primeiro lugar, não poderão furtar-se a essas opções dramáticas e da qualidade das respostas dadas por suas respectivas diplomacias econômicas a alternativas por vezes contraditórias dependerá o futuro do MERCOSUL.
  • Os pressupostos formais e substantivos da ALCA são, evidentemente, inferiores em escala integracionista aos do MERCOSUL, muito embora a agenda econômica da liberalização hemisférica, tal como pretendida pelos Estados Unidos, compreenda bem mais do que os componentes elementares de uma "simples" zona de livre-comércio. Com efeito, tal como definido em Miami, em dezembro de 1994, aprofundado sucessivamente nos encontros ministeriais de Denver (junho de 1995), em Cartagena de Índias (março de 1996) em Belo Horizonte (maio de 1997) e em San José (março de 1998), e confirmado na segunda cúpula hemisférica (Santiago, abril de 1998), o programa da ALCA pretende ser algo mais do que um mero exercício de rebaixamento tarifário e de concessões recíprocas de ordem não-tarifária, cobrindo ainda, de forma abrangente, campos como os de serviços, investimentos, propriedade intelectual, concorrência e compras governamentais.
  • Conscientes do projeto ambicioso impulsionado pelos Estados Unidos, assim como de suas próprias fragilidades estruturais no confronto com a supremacia competitiva do Big Brother do Norte, os países-membros do MERCOSUL buscaram refrear o ímpeto inicial de, nos termos da Declaração de Miami, se "começar imediatamente a construir a ALCA", logrando afastar, na reunião ministerial de Belo Horizonte (maio de 1997), a ameaça de que se deva, "até o fim deste século [obter] progresso concreto para a realização deste objetivo". O MERCOSUL adotou uma postura essencialmente crítica em relação à ALCA, quando não um posicionamento cético à consecução de alguns dos ­ senão todos ­ objetivos fixados na Declaração de Miami, com exceção da própria meta geral de se empreender a construção de uma "zona de livre-comércio hemisférica". 

http://pralmeida.tripod.com/academia/05materiais/667msul.html
Thaynara

Brasil e o Alca

A ALCA E O BRASIL
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1. A Alca foi concebida, desde o início, como projeto ambicioso e de grande envergadura. Se vier a ser criada, ela não será uma área de livre comércio tradicional, isto é, não envolverá apenas a remoção de restrições tarifárias e não-tarifárias ao comércio de bens dentro das Américas - objetivo, em si mesmo, bastante problemático do ponto de vista brasileiro. A agenda de negociações, formulada basicamente pelos EUA, é muito ampla. Inclui a fixação de regras comuns para temas como serviços, investimentos, compras governamentais, propriedade intelectual, entre outros.
2. A liberalização proposta por Washington é acompanhada de importantes ressalvas e exceções, que favorecem setores pouco competitivos da economia norte-americana e preservam os instrumentos de defesa comercial a que os EUA costumam recorrer.
3. As vantagens potenciais da economia brasileira no mercado dos EUA estão concentradas em produtos protegidos por poderosos lobbies (aço, têxteis, calçados, suco de laranja, por exemplo). Os negociadores norte-americanos farão o possível para que sejam aplicados cronogramas muito graduais de abertura às importações nesses setores. Não se deve descartar nem mesmo a possibilidade de que eles sejam colocados como exceções, ficando inteiramente fora do processo de liberalização.
4. Os EUA relutam em colocar na pauta componentes cruciais do seu arsenal protecionista, como a legislação antidumping e a política de defesa da agricultura, sob o argumento de que esses temas devem ser tratados preferencialmente no âmbito da OMC. Ao mesmo tempo, querem que a Alca vá além das normas da OMC em assuntos do seu interesse como, por exemplo, serviços, investimentos, compras governamentais e patentes.
5. Não interessa ao Brasil participar de áreas de livre comércio com economias muito mais desenvolvidas e poderosas - muito menos de uma área de livre comércio do tipo da Alca, da qual fariam parte regras comuns sobre diversos temas de importância estratégica. As economias desenvolvidas apresentam vantagens estruturais imensas em relação à economia brasileira. E essas vantagens não poderão ser superadas num horizonte visível.
6.  No campo macroeconômico, diversas circunstâncias relacionadas à chamada competitividade sistêmica do Brasil (estrutura do sistema tributário, escassez de crédito, custos financeiros, fraqueza dos mercados de capitais domésticos, deficiências de infra-estrutura, entre outras), colocam as empresas brasileiras em desvantagem na disputa por mercados externos e internos. Dadas essas assimetrias sistêmicas, a maioria das empresas brasileiras não pode enfrentar, sem anteparos, a concorrência das empresas dos EUA ou de outros países desenvolvidos.
7. Existem, também, dificuldades importantes no plano microeconômico. As firmas dos EUA e de outros países desenvolvidos são, de uma maneira geral, muito superiores às brasileiras em termos de escala de produção, tecnologia, organização, acesso a crédito e capital, redes de comercialização, marcas etc.
8.  Uma área de livre comércio com os EUA produziria provavelmente efeitos destrutivos em boa parte do sistema produtivo brasileiro, especialmente nos setores mais sofisticados em que a primazia das empresas norte-americanas é quase sempre inquestionável (por exemplo, bens de capital, componentes eletrônicos, química, eletrônica de consumo, software e informática). A economia brasileira tenderia a regredir à condição de economia agrícola ou agroindustrial e produtora de bens industriais leves ou tradicionais.
9. Mesmo na hipótese improvável de que a Alca viesse a ser equilibrada, com os EUA se dispondo a fazer concessões apreciáveis em setores e temas de nosso interesse, as importações brasileiras tenderiam a aumentar mais do que as exportações de bens e serviços. Assim, esse acordo provocaria um aumento do desequilíbrio externo da economia brasileira, agravando um dos nossos problemas centrais.
10. A minuta do acordo (cuja última versão divulgada tem 10 capítulos e mais de 350 páginas) e documentos do governo dos EUA indicam a configuração que a Alca deve tomar. No que diz respeito ao comércio de mercadorias, o objetivo principal dos EUA é a eliminação de tarifas de importação. Washington pretende que todas as tarifas sejam objeto de negociação e que a maioria delas sofra rápida redução.
11. Na área de serviços, os planos norte-americanos também são ambiciosos. Os países membros da Alca teriam a obrigação de proporcionar aos fornecedores de serviços de outros países membros tratamento não menos favorável do que o concedido, em condições semelhantes, aos fornecedores nacionais. Os EUA querem que a Alca assegure amplo acesso a mercados para serviços financeiros, telecomunicações, informática, serviços audiovisuais, construção e engenharia, turismo, publicidade, serviços profissionais, serviços de distribuição, entre outros.
12. No que se refere a investimentos, a pretensão dos EUA é que o acordo da Alca proíba o governo de um país membro de definir políticas que favoreçam os investidores nacionais vis-à-vis de investidores de outros países membros, ainda que seja apenas para compensá-los por problemas estruturais ou de natureza sistêmica. Os EUA buscam uma definição ampla para o termo "investimento", que inclua todas as formas de ativos com características de investimento, como companhias, ações, certas formas de dívida, certas concessões, contratos e propriedade intelectual.
13. Os EUA propõem, também, que o investidor tenha o direito de transferir fundos para dentro ou fora de qualquer país da Alca sem demora e a uma taxa de câmbio de mercado. Essa garantia cobriria todas as transferências relacionadas a um investimento, inclusive juros, remessa de lucros, repatriação do capital e injeção de recursos financeiros adicionais depois da realização do investimento inicial.
14. Washington pretende, além disso, que o acordo da Alca impeça os governos dos países membros de estabelecer metas ou requisitos de desempenho a serem cumpridos pelos investidores de outros países membros, ampliando restrições já existentes na OMC. O acordo da Alca proibiria ou restringiria, por exemplo, a definição de níveis de conteúdo local, de preferências por bens produzidos domesticamente e de restrições à venda de bens e serviços no território do país receptor do investimento. Tampouco se admitiria a especificação pelos governos de compromissos de exportação e de transferência de tecnologia.
15. Investidores privados passariam a desfrutar de status legal antes reservado a Estados nacionais. O investidor de um país membro da Alca teria o direito de recorrer a arbitragem internacional, no âmbito do Banco Mundial ou da ONU, ultrapassando assim a legislação e o sistema judicial do país hóspede do investimento.
16. A política de compras governamentais é outro tema que os EUA querem submeter a detalhada regulamentação no âmbito da Alca. Para uma ampla gama de contratos de compras governamentais, qualquer fornecedor de bens e serviços de um outro país da Alca receberia o mesmo tratamento que os fornecedores do país. Também ficaria proibida a incorporação, nesses contratos, de cláusulas que estabeleçam níveis de conteúdo doméstico, licenciamento de tecnologia, compromissos de investimento e outros requisitos que "distorçam" o comércio.
17. No que diz respeito a proteção da propriedade intelectual, assim como a investimentos e compras governamentais, os EUA pressionam pela inclusão na Alca de obrigações que vão além das já assumidas no âmbito da OMC. A legislação dos EUA é o modelo para a proposta apresentada na Alca e a sua incorporação ao acordo acarretaria mudanças significativas na legislação nacional dos demais países membros. A proposta dos EUA inclui proteção rigorosa do copyright, das patentes, de segredos comerciais, de marcas comerciais e de indicações geográficas. A idéia central é garantir dentro da Alca o máximo de proteção para atividades tradicionalmente dominadas pelos norte-americanos, que respondem pelo grosso das inovações, patentes e marcas.
18. Com o governo de George W. Bush, as perspectivas da Alca tornaram-se mais sombrias. Os EUA passaram a seguir, com uma dose de franqueza bem maior do que a habitual, uma concepção peculiar de livre comércio, que pode ser resumida da seguinte forma: por um lado, o máximo de abertura nos temas e setores em que os EUA apresentam vantagens competitivas; por outro, protecionismo, não raro sem disfarces, para os setores frágeis ou pouco competitivos da sua economia.

19. O Executivo e o Congresso foram estabelecendo, sem inibições, restrições seletivas ao comércio internacional e novas medidas de defesa das empresas norte-americanas contra a concorrência estrangeira. Em agosto de 2002, o Congresso aprovou um mandato muito restritivo para negociar acordos comerciais (Trade Promotion Authority). As negociações da Alca ficaram basicamente circunscritas aos temas de interesse dos EUA. Um acordo só será concluído se o Brasil se conformar com uma negociação cada vez mais problemática e desequilibrada.
20. Mesmo reconhecendo as desvantagens e limitações da Alca, há quem recomende a adesão a esse acordo com o argumento de que não participar significaria condenar o Brasil ao isolamento e à perda de mercados. Contudo, a não-participação do Brasil em uma eventual Alca (ou em uma zona de livre comércio com a União Européia) não nos impediria de continuar ampliando as nossas exportações para esses e outros mercados. A expansão do comércio internacional não pressupõe o livre comércio. As três maiores potências econômicas do planeta, os EUA, a União Européia e o Japão, que mantêm forte e crescente inter-relacionamento comercial, nunca tiveram - e nem pretendem ter - acordos de livre comércio entre si.
21. Tampouco tem cabimento a idéia de que não participar da Alca deixaria o Brasil isolado na América. Os países americanos têm, regra geral, economias bem menores e menos desenvolvidas do que a brasileira; não competem de forma significativa com o Brasil nos mercados dos EUA. Os países que poderiam concorrer mais fortemente conosco, o Canadá e o México, já fazem parte do Nafta e a criação da Alca não modificaria sua posição competitiva. Se o receio é que uma Alca sem Brasil nos levaria à perda de mercados sul-americanos para exportações norte-americanas, o governo brasileiro sempre teria a opção de negociar acordos de livre comércio com países vizinhos, sem ter de assinar um acordo desse tipo com os EUA.
22. A Alca, tal como concebida pelo governo e interesses empresariais norte-americanos, acarretaria formidável perda de autonomia na condução de aspectos essenciais da política econômica. De todas as negociações internacionais em curso, essa é a que representa a maior ameaça à soberania do país. Com a Alca, o Brasil ficaria comprometido, por acordo internacional, a manter o seu mercado interno sempre aberto para as exportações dos EUA e de outros países do continente americano. As empresas brasileiras se veriam expostas à vigorosa concorrência das grandes corporações norte-americanas com todo o seu poder tecnológico, financeiro e comercial. O Brasil teria que abrir mão de uma série de instrumentos de política governamental, tornando-se ipso facto incapaz de implementar um projeto nacional de desenvolvimento. Ficariam definitivamente fora do nosso alcance muitos instrumentos e políticas governamentais a que recorreram sistematicamente os países hoje desenvolvidos, inclusive os EUA, ao longo do seu processo histórico de desenvolvimento.
http://www.pucsp.br/~diamantino/alca.htm
Thaynara.

sábado, 19 de junho de 2010

Brasil e o Mercosul



O Mercosul- Mercado Comum do Sul - é um bloco econômico criado em 1991, pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai baseado no Mercado Comum Europeu com o objetivo de reduzir ou eliminar impostos, proibições e restrições entre seus produtos.

Em 2002, o MERCOSUL foi afetado pela situação econômica da Argentina, o que levantou grandes rumores acerca de uma possível relação com os Estados Unidos a fim de fragilizá-lo. Em 2004, a Argentina passou a ter atitudes contrárias às estabelecidas e assinadas no acordo fazendo com que a expansão do MERCOSUL fosse prejudicada e adiada.
Apesar das considerações feitas ao MERCOSUL, apenas o Chile cresceu economicamente acima da média mundial. As duas potências do MERCOSUL, o Brasil e a Argentina cresceram menos que a média mundial
O Brasil vê o Mercosul como uma plataforma estratégica para aumentar sua estatura internacional. A Argentina o vê como a solução mais fácil para crises de curto prazo

Etapas e avanços.

No ano de 1995, foi instalada a zona de livre comércio entre os países membros. A partir deste ano, cerca de 90% das mercadorias produzidas nos países membros podem ser comercializadas sem tarifas comerciais. Alguns produtos não entraram neste acordo e possuem tarifação especial por serem considerados estratégicos ou por aguardarem legislação comercial específica.
Em julho de 1999, um importante passo foi dado no sentido de integração econômica entre os países membros. Estabelece-se um plano de uniformização de taxas de juros, índice de déficit e taxas de inflação. Futuramente, há planos para a adoção de uma moeda única, a exemplo do fez o Mercado Comum Europeu
Atualmente, os países do Mercosul juntos concentram uma população estimada em 311 milhões de habitantes e um PIB de aproximadamente 2 trilhões de dólares.

Os conflitos comerciais entre Brasil e Argentina

As duas maiores economias do Mercosul enfrentam algumas dificuldades nas relações comerciais. A Argentina está impondo algumas barreiras no setor automobilístico e da linha branca ( geladeiras, micro-ondas, fogões ), pois a livre entrada dos produtos brasileiros está dificultando o crescimento destes setores na Argentina.
Na área agrícola também ocorrem dificuldades de integração, pois os argentinos alegam que o governo brasileiro oferece subsídios aos produtores de açúcar. Desta forma, o produto chegaria ao mercado argentino a um preço muito competitivo, prejudicando o produtor e o comércio argentino.
Em 1999, o Brasil recorreu à OMC ( Organização Mundial do Comércio ), pois a Argentina estabeleceu barreiras aos tecidos de algodão e lã produzidos no Brasil. No mesmo ano, a Argentina começa a exigir selo de qualidade nos calçados vindos do Brasil. Esta medida visava prejudicar a entrada de calçados brasileiros no mercado argentino
Grandes diferenças separam o Brasil de seus sócios, pois ele representa entre 70% e 80% do território, população, PIB e comércio dos quatro países. Desde 2003, nossas exportações para os outros membros do Mercosul vêm crescendo com maior rapidez do que as deles para nós. O resultado são superávits que, somados à desvalorização do real em relação ao dólar, tendem a agravar os ressentimentos dos parceiros, que reclamam das assimetrias entre o Brasil e o resto do grupo.
Entre 2003 e 2007, as exportações do Brasil para a Argentina cresceram 35% (contra 23% da Argentina para o Brasil); 23% do Brasil para o Paraguai (contra 7% do Paraguai para o Brasil); 33% do Brasil para o Uruguai (contra 11% do Uruguai para o Brasil). Para o Paraguai e o Uruguai, os déficits com o Brasil seriam a prova de que o Mercosul lhes traz poucos benefícios. A Argentina teme que a crescente penetração de produtos industriais brasileiros ameace o desenvolvimento de seu setor manufatureiro.
A evidência empírica parece indicar que as assimetrias das quais nossos parceiros se queixam são tão reais quanto as medidas protecionistas adotadas pela Argentina. No trabalho "Regionalism as Industrial Policy in Developing Countries", Pedro Moncarz, Marcelo Olarreaga e Marcel Vaillant (das universidades de Córdoba, Genebra e Montevidéu) apontam evidência consistente com a hipótese de que o Brasil atingiu objetivos industriais à custa dos parceiros do Mercosul

pesquisado em:http://www.suapesquisa.com/mercosul/
 
                   Aluna:Janaina silva n-13

Brasil e a Alca


A alca surgiu em Dezembro de 1994 , em Miami ,no governo de Bill Clinton e significa Área Livre de Comercio das Américas ,é uma organização criada pelos norte – americanos ,que visa exclusivamente a exploração dos países subdesenvolvidos , tornando-os submissos aos Estados Unidos ,com perda das suas soberanias .
Juntamente com 33 outros países americanos, o Brasil vem participando desde 1994 de entendimentos sobre a eventual formação de uma Área de Livre Comércio das Américas (Alca)
Anos atrás teve início uma discussão mais intensa a respeito desse tema no Brasil, A sociedade brasileira começou a se dar conta de que a Alca pode ter conseqüências graves para o futuro do país.
Com a Alca, o mercado brasileiro ficaria aberto, por acordo internacional, para as demais economias integrantes da área
A agenda de negociações, formulada basicamente pelos EUA, inclui não só a remoção de obstáculos ao comércio de bens, mas a fixação de regras comuns para temas como serviços, investimentos, compras governamentais, propriedade intelectual, entre outros.
Pouco se discute o aspecto essencial que é, afinal, se interessa ou não ao Brasil, e em que condições, participar de uma área de livre comércio que inclua os EUA. O governo Fernando Henrique Cardoso dava, às vezes, a impressão de que o seu objetivo era ganhar tempo por meio de cautelosas manobras de obstrução. Não discordava abertamente das concepções básicas dos EUA, mas também não se engajava de corpo e alma. Apesar da relutância brasileira, o governo e grandes corporações dos EUA, os iniciadores e principais impulsionadores do projeto, conseguiram colocar a negociação em andamento e procuram torná-la, aos poucos, mais difícil de interromper.
O objetivo deste estudo, concluído em março de 2003 é discutir a Alca do ponto de vista do interesse nacional brasileiro.
Avalia-se que, com o recrudescimento do protecionismo norte-americano, evidenciado em diversas ações do Executivo e do Congresso, a negociação da Alca é cada vez menos promissora para o Brasil.o governo Fernando Henrique Cardoso sempre afirmou que não estava comprometido com a Alca e só aceitaria um acordo “equilibrado”. Por equilibrado, entendia-se um acordo que incluísse abertura efetiva dos mercados, regras sobre antidumping, remoção de barreiras não-tarifárias, liberalização da agricultura, entre outras questões.


 pesquisado em: http://www.iea.usp.br/iea/artigos/batistajralca.pdf   
aluna: Janaina silva n-13        

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Brasil eo Mercosul

Brasil eo Mercosul
O Mercado Comum do Sul ( Mercosul ) foi criado em 26/03/1991 com a assinatura do Tratado de Assunção no Paraguai. Os membros deste importante bloco econômico do América do Sul são os seguintes países : Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela (entrou em julho de 2006).

Em julho de 1999, um importante passo foi dado no sentido de integração econômica entre os países membros. Estabelece-se um plano de uniformização de taxas de juros, índice de déficit e taxas de inflação. Futuramente, há planos para a adoção de uma moeda única, a exemplo do fez o Mercado Comum Europeu.

As duas maiores economias do Mercosul enfrentam algumas dificuldades nas relações comerciais. A Argentina está impondo algumas barreiras no setor automobilístico e da linha branca ( geladeiras, micro-ondas, fogões ), pois a livre entrada dos produtos brasileiros está dificultando o crescimento destes setores na Argentina.
Em 1999, o Brasil recorreu à OMC ( Organização Mundial do Comércio ), pois a Argentina estabeleceu barreiras aos tecidos de algodão e lã produzidos no Brasil. No mesmo ano, a Argentina começa a exigir selo de qualidade nos calçados vindos do Brasil. Esta medida visava prejudicar a entrada de calçados brasileiros no mercado argentino
Na área agrícola também ocorrem dificuldades de integração, pois os argentinos alegam que o governo brasileiro oferece subsídios aos produtores de açúcar. Desta forma, o produto chegaria ao mercado argentino a um preço muito competitivo, prejudicando o produtor e o comércio argentino.




Endereço da pesquiza:
http://www.suapesquisa.com/mercosul/

terça-feira, 8 de junho de 2010

Brasil e o Alca

Alca
A Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) é apenas um projeto que está parado desde novembro de 2005, quando foi realizada a última Cúpula das Américas.Sendo que sua criação aconteceu no dia 9 de novembro de 1994.
Este era um acordo comercial idealizado pelos Estados Unidos e foi proposto para todos os países da América, com exceção de Cuba, segundo o qual seriam gradualmente derrubadas as barreiras ao comércio entre os estados-membros e previa a isenção de tarifas alfandegárias para quase todos os itens de comércio entre os países associados.
Juntamente com 33 outros países americanos, o Brasil vem participando desde 1994 de entendimentos sobre a eventual formação de uma Área de Livre Comércio das Américas (Alca)Só nos últimos dois ou três anos, entretanto, é que teve início uma discussão mais intensa a respeito desse tema no Brasil. A sociedade brasileira começou a se dar conta de que a Alca pode ter conseqüências graves para o futuro do país. Não obstante, a negociação da Alca tem implicações que a grande maioria dos brasileiros ainda desconhece.
Endereço da pesquiza:
http://www.iea.usp.br/iea/artigos/batistajralca.pdf.

sábado, 5 de junho de 2010

Multinacionais Brasileiras


Multinacionais, são empresas que possuem matriz num país e possuem atuação em diversos países
No Brasil, a entrada de empresas multinacionais começou a ganhar importância durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961). Neste governo instalaram fábricas no Brasil as seguintes empresas: Ford, Volkswagen, Willys, GM, entre outras

Multinacionais que atuam no Brasil e seus países de origem

-IBM(Estados Unidos)
-Volkswagen (Alemanha)                
-Fiat(Itália)
-General motors(Estados  Unidos)
-Toyota(Japão)
-Nokia(Suiça)
-Dell(Estados Unidos)
-Peugeot(frança)
 entre outras

Multinacionais de origem brasileiras atuantes em outros países

1– Companhia Vale do Rio Doce
2 – Petrobras
3 – Grupo Gerdau
4 – Embraer
5 – Grupo Votorantin
6 – CSN
7 – Camargo Corrêa
8 – Grupo Odebrecht
9 – Aracruz
10 – WEg
               pesquisado em: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/empresas_multinacionais.htm                             
Aluna:Janaina Silva n-13

quarta-feira, 2 de junho de 2010

multinacionais


  • AS MULTIS BRASILEIRAS

  • O Boston Consulting Group realizou um estudo para identificar as principais companhias emergentes no mercado mundial. Entre as 100 empresas apontas pelo estudo, 12 são brasileiras.

  • EMPRESA                                     SETOR DE ATUAÇÃO

  • Braskem                                           Químicos

  • CompanhiaVale do Rio Doce           Mineração 

  • Coteminas                                        Têxtil

  • Embraco                                          Máquinas e equipamentos

  • Embraer                                           Indústria aeronáutica

  • Gerdau                                            Siderurgia e metalurgia

  • Natura                                            Produtos de perfumaria

  • Perdigão                                         Agroindústria e alimentos

  • Sadia                                              Agroindústria e alimentos

  • Votorantim                                      Cimento/Mineração/Papel e celulose

  • WEG                                              Máquinas e equipamentos

  • O Brasil tem crescido muito em exportações,não só na agricultura ,mas no mercado diversificado.
    O termo multinacional está progressivamente saindo de uso já que ele podia induzir à idéia de que uma empresa teria várias nacionalidades. Atualmente, tais empresas recebem a denominação de Empresa transnacional, pois na realidade tem suas matrizes em um determinado país.
  • Endereços:onde foram realizadas as pesquizashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Multinacional http://www.analisecomercioexterior.com.br/comex06/multisbrasileiras/index.php